25/09/10

uma verdade hipotética

hipotético
adj hipotético, hipotética [ipu'tɛtiku, ipu'tɛtikɐ] possível mas não certo
possivelmente ja repararam na contradição da minha informação, se não o repararam, espero que o façam agora pois é disso que vos vou falar.

um dia, naqueles em que a nossa cabeça mais parece, uma ruina romana, em que nao sabemos onde cada pedra pertence, uma pessoa á qual levo as palavras como sabias, perguntou-me, qual era o significado da perfeição, e porque o usava para descrever, alguém, e ainda como é que alguém que me faz sofrer tanto pode ainda merecer esse adjectivo, bem, comecei, pelos olhos pelo sorriso, fui aos gestos, a maneira como sorria e como olhava, mas não chegou...

procurei agora no dicionario:
perfeição
s. f.
1. Acto! de acabar ou aperfeiçoar alguma coisa.
2. O grau de excelência, bondade ou beleza a que pode chegar alguma coisa.

?grau de excelência a que pode alguém chegar? bondade ou beleza?

bondade e beleza de certo, mas como pode ela atingir o meu grau de excelência se me faz sofrer tanto?
nao me quero perder no meu raciocínio, se é que isto o chega a ser, mas ainda assim, ela fez-me sentir como antes não o tinha sido, ela fez-me sentir feliz, ainda assim, nao era so feliz por ela, tive o auge da minha adolescência, tinha 16 anos, acabara de arranjar o meu primeiro trabalho, e andava com a miúda simplesmente mais bonita á face da terra( para mim claro)(vá nao que nao o seja, mas para mim é!!) inteligente ao ponto de eu nao me importar de ser trocado pelos livros de fisica e química, com tremendos olhos ao ponto de me fazer perder, mas disso ja falei tantas outras vezes, a verdade é que ela é uma verdade hipotética, pois sendo a minha noção de perfeicao, a perfeicao nao existe, e se o que eu sinto são saudades?! e continuo a acreditar na novela perfeita que todo aquele conjunto de situações me fez viver, e a unica maneira que o tenho de exprimir é através da palavra amo-te que tenho vontade de lhe dizer a cada hora? saberei eu o que é amar? sim tenho duvidas! mas devo duvidar do conjunto de sentimentos de armazenei de forma tao carinhosa no meu coraçao e lhe chamei pelo nome de amor?
será ela assim tao perfeita?
muito bem esta duvida que aqui vos meto, ja eu me meti, varias vezes e é a minha duvida, a verdade é que mesmo assim , para contradizer tudo o que antes propus.
hoje quando olho nos olhos desta mesma rapariga volto a tremer, como no
dia em que tal pessoa no auditorio da escola em que me respondeu --
:sou eu!
se isto nao é suficiente, poderia dizer tantas outras coisas, e que isto nao vos soe a desculpa, mas quando a vejo, nao perco propriamente tempo a pensar no que sinto, pois nessa altura ja eu estou perdido...
consigo por vezes por este sentimento pesado, este fardo que carrego, ser frio, e estar um, dois ate três meses como ja tive sem falar-mos, por vezes , consigo mesmo, contradizer, o meu coraçao, e ter a cabeça e a boca no mesmo sitio, mas o coraçao, esse suspeito que me foi brutalmente roubado naquele verão,
mas espera, sempre foi o que ela quis que eu crescesse, sempre se referiu a mim como um fruto na arvore, a espera de amadurecer, e o mais engracado, e que varias pessoas tentam chegar ao fruto, alguma tocam-lhe, a minha verdadeira duvida, é se algum dia ela me vem apanhar, ou deixa-me apodrecer, e cair no chao.
varias vezes também tenha uma imagem tórrida de mim eternamente á espera, entao é nesse percisos momentos que deixo que quase me apanhem da arvore, pois se olharmos a nossa volta nos dias de hoje, quantas sao as pessoas adultas casadas e com filhos que deitam a cabeça na almofada, e sonham com aqueles amores de adolescentes, aqueles por quem nao lutaram ou perderam, eu ao menos guardo todas a recordaçoes dentro de uma caixa, e se á coisa que eu quero é ser feliz, mas quem me conhece, ja me ouviu dizer quase de certesa, que eu ei-de estar casado, mas ei-de mostrar as fotografias dela aos meus netos, para que eles tal como eu numca deixem fugir, os verdadeiros amores, da unica altura da vida em que temos capacidade de amar com todo o fogo!


THE END...

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