30/07/10

É so mais um...



.... so um de tantos outros desabafos.... acendo o meu cigarro, e puxo bem para junto de mim o cinzeiro, recosto-me na cadeira, meto o meu ser físico confortável, para vos poder falar agora das minhas magoas intelectuais... aquelas que não doem fisicamente, mas massacram, e então na rua, contemplando o crepúsculo já quase esquecido deste final de dia, penso... e se penso doí, doí de maneira não física como já referi, é uma dor seca e pesada, faz-nos ter vontade de recostar a cabeça... de fechar os olhos e tudo já ter passado... a ironia do destino deixa-me apático, pois se por um lado venho para fugir a uma nódoa, encontro outra, que não me atrapalha tanto por não lidar com ela todos os dias... mas ela esta lá...
então que posso fazer?
corresponder aos pensamentos de alguém e fugir ? ou fazer marcar a minha presença, deixar de ter uma presença passiva na minha própria vida!porque sinto eu que não sou a personagem principal da peça que dia após dia, momentos após momento, atitudes após atitudes sou eu que escrevo?
existem comédias, dramas, romances, e porque que nem o estilo da minha peça eu consigo definir.
sabem..

gostava que a minha peça estreá-se num palco de cortinas vermelhas, para um grande auditório, todos confortavelmente sentados, deixem-me ser egoísta como me chamam... não consigo mais suportar que me o chamem sem ter o proveito... quero ter o proveito de ser a personagem principal, e ao longo da minha vida tenho vivido grandiosas cenas dignas de um palco, não posso queixar de não ter... mas porra, quero ter outro acto, quero folgo, parece que estou a entrar numa rotina, sem novas experiências novas lutas, mas essencialmente sem novas paixões! sinceramente, espero que esta narração acabe daqui a muitos anos... mas também não quero que acabe sem uma boa salva de palmas, e não quero deixar de todo o meu publico desiludido!

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